Excepcionalmente, e todos esperamos que pela primeira e única vez, começamos o ano na USP com três turmas de calouros! Três anos de pessoas que mal pisaram na USP, que não estão acostumadas a se locomover na Cidade Universitária e que acumulam, quase que obviamente, diversas dúvidas sobre o curso, sobre a USP, e sobre o sentido da vida, ainda que com estas últimas não possamos ajudar muito…

Com isso em mente, nós aqui da Sartel resolvemos responder algumas perguntas e dúvidas frequentes, não só aos calouros mas também aos veteranos e, convenhamos, até mesmo a quem já se formou há anos, na esperança de assim poder ajudar um pouco na sua jornada universitária pelo curso de Letras!

Mas antes de mais nada cabem algumas palavras sobre o curso de Letras, até para desmistificá-lo um pouco para quem está entrando agora!

Primeiro, quanto ao que você precisa (ou não precisa) para cursar Letras. Você não precisa conhecer literatura. Você não precisa gostar de poesia. Você não precisa sempre ter gostado de ler e ter sido uma criança leitora. Na faculdade você vai aprender bastante coisa, não precisa entrar sabendo! Além disso, não só de literatura é feito o curso de Letras, digamos que você não goste de romances, ou de poesia, ou de café, tudo se resolve! Não vai ser sempre possível evitar o que você não gosta, mas não precisa ser o seu foco, esse você vai escolhendo e moldando ao longo da graduação. Quanto ao café, bom, não é que seja uma exigência, mas que universitário pode se considerar realmente um universitário se não for movido a café e cerveja? E assim como pode ser que você aprenda a gostar de café até o fim da graduação (eu aposto nisso), caso esteja aberto, é bem possível que desenvolva um fraco por poesia também, o que para alguns parece algo inimaginável!

E quanto às perspectivas, relaciona-se muito o curso de Letras com a carreira de professor. Se você quer ser professor, parabéns, está em um bom caminho, mas a Letras não te prepara somente para isso! É possível seguir carreira acadêmica, fazendo pesquisa em diversas áreas, é possível trabalhar como tradutor, como intérprete, seguir carreira no mercado editorial, e até mesmo trabalhar na área de comunicação, como redator publicitário ou jornalístico, por exemplo, visto que o conhecimento da linguagem é um grande diferencial nessas áreas!

Letras é um curso diverso. Diverso quanto às disciplinas, aos professores e aos alunos. É de se esperar que a graduação com maior número de pessoas na USP pudesse oferecer bastante diversidade e muitas possibilidades! E esperamos que você goste!

Assim, desejamos a todos as boas vindas, inclusive aos veteranos, até porque depois de dois anos acho que já dá pra desejar boas vindas de novo, e que seja um ótimo ano letivo!


Abaixo, as prometidas respostas para algumas das tantas perguntas que nos assolam todo começo de curso, e às vezes também mais pra frente. Esperamos poder ajudar!

Preciso conhecer bem a língua que vou escolher?

Com exceção da habilitação em língua inglesa, que exige algum conhecimento da língua (que não precisa ser um domínio completo), nas outras habilitações o aprendizado da língua é “do zero”. Ainda assim vale ressaltar que o domínio de uma língua estrangeira exige dedicação e prática e nem sempre as aulas são suficientes para tornar o estudante fluente. As aulas de língua costumam transitar muito rápido entre os tópicos e a absorção do conhecimento requer esforço e, às vezes, busca por outros métodos de fixar esse conhecimento que não estão necessariamente disponíveis no currículo padrão.

Tenho que ser escritor para fazer o curso?

Não, você não precisa ser ou querer ser um escritor. O curso de letras não é um curso voltado para a produção literária, sendo as matérias de literatura voltadas principalmente para análise literária. Ainda assim, vale lembrar que durante o curso você precisará escrever diversos trabalhos acadêmicos, e o hábito da escrita pode ajudar nisso! Vale ressaltar que, caso você seja ou queira ser um escritor, o aprendizado sobre produções literárias diversas, bem como o conhecimento linguístico você vai adquirir no curso, com certeza pode ajudar na sua produção!

Estudamos gramática na Letras?

Não há no currículo obrigatório da Letras disciplinas voltadas para a gramática, sendo estas opcionais, mas um bom conhecimento de gramática é exigido, uma vez que trabalhos acadêmicos serão feitos durante todo o curso. Na execução destes e na sua correção aprende-se muito, mas algum domínio sobre a gramática da língua portuguesa é importante e, caso haja necessidade, recomenda-se estudar um pouco.

Como funciona a matrícula nas matérias? (notas, pesos, período…)

As matrículas podem ser feitas pelo sistema Júpiter em um período específico determinado pela faculdade, que na pandemia tem variado bastante mas que costuma ser cerca de um mês antes do início das aulas. Durante a matrícula você deve verificar as disciplinas obrigatórias e escolher a turma que deseja cursar, pensando tanto no horário, quanto no professor. Alunos em período ideal têm prioridade na escolha das disciplinas e, entre estes, define-se quem será matriculado, no caso de haver mais matriculantes do que vagas, de acordo com a média ponderada, tendo os alunos com maior média prioridade.

Cerca de duas semanas depois do período de matrículas é aberta uma segunda interação de matrícula, quando os alunos podem rever as disciplinas nas quais se matricularam ou buscar outras turmas para as disciplinas nas quais não conseguiram se matricular.

Caso ainda assim não se consiga a vaga na disciplina pretendida, é possível fazer um requerimento.

O que é ranqueamento?

A Letras oferece no total 15 habilitações, fora a habilitação em Língua Portuguesa, que os alunos podem escolher cursar. Para cada habilitação há um número pré-determinado de vagas, assim, o preenchimento dessas vagas deve ser organizado de alguma forma, selecionando quais alunos são e não são contemplados. Essa seleção é feita através do ranqueamento.

O ranqueamento é um ranking por nota dos alunos que determina quais alunos terão prioridade na escolha da habilitação pretendida. O cálculo da nota utilizada no ranqueamento se dá assim: faz-se uma média aritmética das notas obtidas nas disciplinas do primeiro semestre do ciclo básico, que terá peso um, e soma-se com a média aritmética das notas obtidas no segundo semestre do ciclo básico multiplicadas por dois, dividindo-se o total por três.

No primeiro ranqueamento só participam os alunos do ciclo básico, sendo que alunos veteranos que queiram mudar sua habilitação participam apenas do rerranqueamento.

Quantas habilitações posso escolher no ranqueamento?

É importante ressaltar que na Letras pode-se cursar português e uma língua estrangeira, português e linguística, apenas português, apenas uma língua estrangeira ou apenas linguística. Portanto, ainda que você tenha uma média ponderada que te classifique para mais de uma habilitação, não será possível cursar as duas. Não é preciso ranquear para a habilitação em Língua Portuguesa.

No período do ranqueamento você pode concorrer às vagas de até sete habilitações.

Se eu não conseguir a habilitação que quero, posso tentar de novo?

Sim, caso você não consiga a habilitação que deseja, é possível rerranquear. O rerranqueamento acontece sempre no fim de dezembro e, novamente, no final de janeiro. Ele preenche as vagas remanescentes das habilitações.

As vagas remanescentes se explicam assim: cada estudante do primeiro ano pode ranquear para até 7 habilitações. Sendo assim, é possível que os alunos com notas mais altas ranqueiem para mais de uma habilitação. Mas como só é possível cursar uma, as outras vagas são novamente disponibilizadas para quem deseja rerranquear.

Podem rerranquear tanto alunos do próprio primeiro ano, quanto alunos que estejam cursando até o oitavo semestre e desejem mudar de habilitação, concorrendo às vagas remanescentes. Costumam abrir vagas em todas ou quase todas as habilitações no período de rerranqueamento.

No rerranqueamento sempre se dá uma mudança nas notas de cortesque acontece porque quem já conseguiu a opção desejada não está mais concorrendo às vagas. Além disso, alunos do primeiro ano, no rerranqueamento, concorrem às vagas com a sua média ponderada, enquanto no ranqueamento é usada uma outra nota, que consiste na média das disciplinas do primeiro semestre com peso um somadas à média das disciplinas do segundo semestre com peso dois, sendo o total dividido por três.

 Onde encontrar a média ponderada?

Você pode encontrar a média ponderada no final do histórico escolar. A média ponderada é calculada levando em consideração a quantidade de créditos da disciplina (soma de créditos-aula com créditos-trabalho), o que determina o peso que a nota da disciplina terá no cálculo da média.

Assim, se você tirou 8,0 em uma disciplina de dois créditos, e 7,2 em uma de cinco créditos (sejam estes créditos-aula ou créditos-trabalho), por exemplo, a sua média ponderada será calculada multiplicando-se 8 por dois, ao que se soma a multiplicação de 7,2 por cinco e sendo o resultado dividido pela soma do total de créditos, no caso, 7. Nesse caso a média ponderada seria aproximadamente 7,4.

Onde encontro o nome dos meus professores?

Ao selecionar uma das matérias na grade horária, pelo Jupiterweb, desça até o fim da página e selecione "oferecimento".

Como fazer um requerimento?

Os requerimentos podem ser feitos para buscar inscrição em disciplinas fora do período de matrícula, sendo usados principalmente quando, por não estar no período ideal ou por ter uma média ponderada não tão alta, você não consegue a vaga que queria. No requerimento é pedida uma “exceção” ao professor, que pode ou não concedê-la. Caso o professor aceite o requerimento, será aberta uma vaga para você na disciplina. Requerimentos podem ser feitos pelo portal Júpiter, no qual há um item específico para isso no menu à esquerda da tela.

Alguns professores estão evitando aceitar requerimentos nesse período de volta às aulas para evitar ficar com turmas muito cheias durante a pandemia.

Como funciona o período ideal?

O período ideal é o período no qual uma disciplina foi programada na grade curricular do curso. Caso o aluno faça a disciplina durante seu período ideal, ele terá prioridade em se inscrever na mesma, portanto se você optar ou precisar fazer uma disciplina fora do período ideal é possível que seja mais difícil conseguir uma vaga na mesma, podendo precisar de um requerimento.

Qual a diferença de disciplinas optativas e eletivas? 

Entre as faculdades há diferenças entre a nomenclatura do tipo de disciplina a ser cursado. Na USP, não há diferenciação entre disciplinas optativas e eletivas, sendo os dois termos usados para denominar disciplinas pré-determinadas dentro do programa cursado para compor a grade e permitir aprofundamento na área de escolha do aluno. Já o que na USP se chamam de optativas livres são as disciplinas cursadas fora da grade curricular pré-determinada para sua habilitação, mas a grande maioria deve ser cursada dentro da Letras, ainda que não necessariamente no mesmo departamento no qual você faz sua habilitação.

Para o bacharelado em Português, é obrigatório cumprir 177 créditos para se formar, sendo 87 referentes a disciplinas obrigatórias, 6 créditos referentes a disciplinas optativas (cursadas dentro do DLCV) e 84 créditos que podem ser cursados tanto no DLCV quanto em outros departamentos da Letras, ou até mesmo em outras faculdades da USP (somente 8 desses créditos podem ser cursados em outras faculdades).

Para outras habilitações devem ser cursados no total 178 créditos, sendo 32 créditos de disciplinas do ciclo básico, 66 créditos de disciplinas obrigatórias, 6 créditos de disciplinas optativas (que devem ser cursados dentro da habilitação, e não só do departamento) e 74 créditos em disciplinas optativas livres, podendo 8 deles serem cursados fora da faculdade de Letras.

Para a licenciatura em Letras as regras mudam um pouco, ainda sendo possível escolher a sua grade mas dentro de conjuntos específicos de matérias, com algumas sendo obrigatórias e havendo também a obrigatoriedade 400h de estágio.

Você pode conferir as especificidades do seu curso, bem como o período ideal de cada matéria, no site: https://www5.usp.br/ensino/graduacao/cursos-oferecidos/letras/

Como funcionam os créditos-aula/trabalho? Para que servem?

Para se formar é necessário um número determinado de créditos, como está explicado mais detalhadamente na pergunta acima.

Agora, na hora de contar os créditos não há diferenciação ou exigência quanto a um número específico de créditos-trabalho ou crédito-aula. Os créditos-trabalho, portanto, basicamente indicam para você que haverá a exigência de fazer um trabalho para concluir a disciplina.

Como fazer intercâmbio?

A USP tem parceria com diversas faculdades nas quais os alunos podem fazer intercâmbio, sendo estas de diversos países, com aulas ministradas em diversas línguas.

O CCInt-FFLCH (Comitê de Cooperação Internacional da FFLCH) publica semestralmente editais de intercâmbio internacional nos quais os estudantes podem verificar os possíveis destinos e se inscrever. Tais editais costumam chegar no email USP, mas também podem ser conferidos no site da CCInt-FFLCH ou no Sistema Mundus.

Para a inscrição existem alguns pré-requisitos que o aluno precisa cumprir, bem como documentos a serem enviados. Entre a documentação solicitada, é pedido que o aluno monte um plano de estudos na instituição escolhida pelo período em que frequentá-la, explicando qual o seu interesse acadêmico no intercâmbio, montando um plano de estudos com as disciplinas que se pretende cursar (para isso é necessário acessar o site da instituição pretendida e verificar quais disciplinas são oferecidas) e deixando claro qual o interesse em cursar cada uma dessas disciplinas. Devem-se também deixar claros os impactos esperados do intercâmbio sobre os interesses acadêmicos do candidato. Isso será encaminhado à instituição desejada, portanto é importante se apresentar bem para que esta te conheça. Deve-se falar sobre as áreas nas quais você já atuou ou atua e ressaltar como frequentar a universidade pretendida pode contribuir com seus planos futuros, mencionando as matérias oferecidas pela mesma, alguma área pela qual a faculdade seja reconhecida e até mesmo a cidade ou região onde ela se localiza. Isso é necessário porque, após aprovação pelo CCInt-FFLCH, a própria universidade estrangeira também deve aprovar o candidato, o que também significa que você deve estar preparado para traduzir esta carta para sua língua de proficiência.

É preciso enviar um Resumo Escolar do Sistema Júpiter, contendo a média com reprovações e a média ponderada do aluno não pode ser inferior a 7,0.

Pede-se uma cópia do passaporte, que deve estar em dia e com vigência até a data de retorno. Não são aceitos comprovantes de agendamento para novo passaporte, então é melhor não deixar para a última hora.

Para fazer o intercâmbio, o aluno vai precisar apresentar certificado de proficiência na língua do país, de nível, no mínimo, B1/B2, mas caso a sua habilitação seja na língua falada lá, o nível de proficiência deve ser B2, sendo que, nesse caso, é aceita uma carta de um docente da área (vinculado à USP) atestando a proficiência.

Além disso, você deve ter cursado ao menos 20% do curso e não pode ter colado grau do bacharelado.

A lista de documentos pode se alterar um pouco dependendo do edital, que deve ser lido com atenção! Caso deseje fazer intercâmbio, fique atento ao seu email para o recebimento de editais, ou consulte-os pelo site da CCInt-FFLCH ou no Sistema Mundus.

Como funciona o PAPFE?

O PAPFE (Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil) é um programa que visa garantir a permanência de estudantes de baixa renda na USP. Para tanto, ele fornece alguns benefícios, podendo estes ser: vaga em moradia estudantil (vaga para moradia no CRUSP); auxílio financeiro/moradia (bolsa no valor de R$500,00); auxílio alimentação (disponibilidade de marmitas a serem retiradas no restaurante universitário); e auxílio livros, que pode ser usado em livros da editora Edusp. Estes são os benefícios para quem estuda na Cidade Universitária, no caso da EACH (USP Leste) também está disponível o auxílio manutenção e no caso de campi no interior do estado o auxílio transporte. Alguns benefícios não podem ser recebidos juntos, como a vaga em moradia estudantil, o auxílio financeiro/moradia e o auxílio transporte ou também apenas o auxílio financeiro/moradia e o auxílio transporte. O auxílio livros e o auxílio manutenção (apenas para a EACH) são pagos somente nos meses letivos.

Ao se inscrever no PAPFE você indica a quais benefícios quer concorrer, ou se quer concorrer a todos. A distribuição dos benefícios é feita de acordo com a necessidade dos alunos, determinada através da análise da situação socioeconômica na qual o aluno se encontra.

Os auxílios do PAPFE duram 24 meses, podendo ser renovados após esse período. Durante esses 24 meses a condição socioeconômica do aluno pode ser reavaliada e, caso mude, o aluno pode perder o benefício.

As inscrições do PAPFE para alunos ingressantes estão abertas até o dia 15 de abril e o resultado deve sair até o dia 29 de abril. Após essa data os alunos ainda podem apresentar recursos até o dia 06 de maio, tendo uma resposta até o dia 25 de maio.

As inscrições para veteranos costumam ser abertas mais cedo, e já estão fechadas. No caso de ingressantes, o edital do PAPFE é enviado para o e-mail pessoal indicado no período de inscrição, e no caso dos veteranos ele é recebido no email USP.

Você pode conferir o edital para o PAPFE para ingressantes de 2022 no site: https://sas.usp.br/wp-content/uploads/2022/02/editalIngressantes2022.pdf

Como funcionam os projetos PUB?

As bolsas PUB fazem parte da Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil da USP (PAPFE), portanto, para concorrer, é preciso se inscrever no PAPFE, embora não seja necessário ter sido contemplado pelos auxílios.

Os alunos interessados participam de projetos apresentados por professores  que podem ser ligados ao ensino na graduação, cultura e extensão, ou pesquisa. A partir da abertura do edital de participação, o aluno interessado pode se inscrever pelo Sistema Júpiter e ter acesso aos projetos disponíveis.

O programa é voltado para alunos com necessidades socioeconômicas e o valor da bolsa é de R$500 por mês, sendo que a duração da mesma é de 12 meses.

O estudante, para ser contemplado, não pode receber nenhuma outra bolsa ou fazer estágio pela USP, além de ser necessário um bom rendimento acadêmico.

Espera-se uma dedicação de 10h semanais às atividades relativas à bolsa.

As bolsas PUB podem ser concedidas para alunos interessados em fazer Iniciação Científica.

Como fazer estágio pela USP?

Para o Bacharelado não há obrigatoriedade de estágio, mas caso você tenha interesse em fazer um, é possível realizá-lo tanto dentro da própria USP quanto por fora. Para fazer estágio na USP você pode procurar um docente que cadastrará a solicitação para avaliação financeira dos recursos disponíveis da universidade. A solicitação depois é avaliada pelo Dirigente ou Órgão responsável e, se aceita, encaminhada de volta ao docente solicitante, que então cadastra o aluno.

No caso de estágio fora da USP, é a empresa que cadastra as informações, sendo posteriormente gerado um Termo de Compromisso e um Plano de Estágio a serem assinados pelo estudante e pela empresa. Isso deve ser feito 10 dias antes de se iniciarem as atividades do estágio.

Já na Licenciatura são necessárias 400 horas de estágio obrigatório, sendo 100 horas realizadas no próprio curso de Letras e 300 horas na Faculdade de Educação da USP (FEUSP).

Os estágios obrigatórios costumam ser estágios de observação em escola, dentro ou fora das salas de aula, porém, dependendo do docente responsável, outras atividades podem ser requisitadas. As disciplinas que exigem estágio são: POEB, Didática, Psicologia da Educação, Metodologia I e Metodologia II, sendo que a obrigatoriedade das mesmas na grade é particular à habilitação escolhida.

Cabe ao aluno procurar a escola para fazer o estágio, sendo que o docente fornece um termo de compromisso assinado para tanto. É feito um estágio diferente para cada disciplina, nas quais são trabalhados conteúdos diferentes, resultando em exigências diferentes quanto ao relatório final. A aula em si tem apresentação de conteúdo, como qualquer disciplina, e o relatório final deve relacionar a observação feita na escola com a teoria aprendida em aula.

Como fazer Iniciação Científica?

A Iniciação Científica tem como objetivo colocar o aluno em contato com grupos e linhas de pesquisa, proporcionando a aprendizagem de métodos científicos, desenvolvendo o pensamento científico e crítico através do confronto com os problemas de pesquisa e com a orientação de um pesquisador experiente.

O primeiro passo para fazer uma Iniciação Científica é encontrar um orientador, ao qual você pode levar um projeto de pesquisa já determinado, ou apenas apresentar um tema com o qual você deseje trabalhar, podendo o orientador te ajudar a desenvolver o projeto. É o orientador quem submete o projeto em questão.

É possível fazer uma Iniciação Científica com ou sem bolsa, sendo que há mais de uma modalidade de bolsa oferecida: a bolsa da FAPESP (que costuma aceitar pedidos de bolsa durante todo o ano); a bolsa CNPq, oferecida pela PIBIC e que tem validade de um ano, com edital anual; a bolsa CAPES; e também bolsas oferecidas pela própria FFLCH.

É importante pesquisar cada uma delas e observar as exigências do edital.

Também é possível fazer Iniciação Científica sem bolsa. Nesse caso, apresenta-se o projeto ao orientador, que o levará ao seu Departamento para aprovação. Aprovado, tal projeto é encaminhado à Comissão de Pesquisa, onde será registrado.

Alguns documentos devem ser enviados para a execução do projeto.

Alunos externos à comunidade USP também podem realizar IC na Universidade, desde que encontrem um professor disposto a orientá-los.

Como funcionam os bandejões e onde encontrar?

Dentro da Cidade Universitária operam 4 bandejões: o da Prefeitura (PUSP-C), o da Física, o Central e o da Químicas, sendo os últimos dois os mais próximos da FFLCH. Os restaurantes universitários são para a alimentação dos alunos e somente estes podem comer lá, com exceção de visitantes autorizados. O valor da refeição é de R$2,00 e você pode comprar os seus créditos pelo aplicativo “Cardápio +”, disponível nas lojas de aplicativo; as compras também podem ser feitas pelo site: https://uspdigital.com.br/rucard

Os restaurantes não aceitam pagamento em dinheiro, portanto lembre-se de comprar créditos e conferir se você tem créditos antes de entrar na fila. Em caso de compra por boleto os créditos podem demorar alguns dias para aparecer na sua conta, então tenha isso em mente!

Já o pagamento é feito pela leitura do código de barras ou QR Code gerado no aplicativo “e-card”, também disponível nas lojas de aplicativo, mas vale lembrar que não é possível comprar créditos por este aplicativo. O pagamento também pode ser feito com o seu cartão USP.

A USP tem alguns outros aplicativos disponíveis, mas esses são os mais importantes de se ter no celular.

Pelo aplicativo “Cardápio +” você consegue conferir o endereço dos restaurantes, bem como (talvez obviamente) o cardápio, decidindo assim qual a melhor opção de bandejão.

Os horários de menor fila dos bandejões são assim que eles abrem, e ela também diminui um pouco perto da hora de fechar. De qualquer forma, é importante se programar quanto ao tempo de fila, que nesse começo de ano tem chegado até a uma hora, evitando se atrasar para aulas.

Como funcionam os circulares?

Os chamados ônibus circulares são três linhas de ônibus cujo ponto inicial é o Metrô Butantã e o final é a Cidade Universitária. Eles fazem trajetos diferentes dentro da Cidade Universitária, facilitando o acesso aos diversos institutos para os alunos.

A principal diferença entre eles e os outros ônibus que entram na USP é que eles são gratuitos para estudantes, através da utilização do BUSP. O BUSP só pode ser utilizado nos ônibus circulares e pode ser requisitado através do portal acadêmico no item “Cartão USP” do menu à esquerda.

Todos esses ônibus passam eventualmente pela FFLCH, mas o 8022-10 (circular 2) faz uma bela volta e acaba demorando bem mais do que os outros.

O 8012-10 (circular 1) faz o trajeto em cerca de 10 minutos (5 pontos), e você desembarca em frente à Biblioteca Brasiliana. Daí é só cruzar a rua e você já está na frente da FFLCH.

Já o 8032-10 (circular 3) leva um pouquinho menos de tempo, passando por apenas 4 pontos e também parando na frente da Biblioteca Brasiliana, sendo o queridinho dos alunos que vêm no metrô Butantã.

Chegando pela estação Cidade Universitária da CPTM, é preciso andar um pouquinho mais para pegar um circular, mas no desespero o ônibus 809-U10 exige menos caminhada e também te deixa na Brasiliana, levando o trajeto total (andada + ônibus) cerca de 20 minutos, lembrando que nesse ônibus você não poderá utilizar o BUSP.

Duas outras opções são andar cerca de 15 minutos (1,1km) até o circular 3 ou o circular 1, no qual você embarca logo antes da Portaria 1 e desce no ponto seguinte no caso do circular 3 e em dois pontos no caso do circular 1, levando no total cerca de 20 minutos; ou pegar o circular 2 dentro da USP, entrando pelo primeiro portão. Essa opção exige menos caminhada (menos de um quilômetro, cerca de 10 minutos), mas leva mais tempo, visto que a viagem é de 9 pontos (cerca de 15 minutos), e te deixa em frente ao prédio da Letras.

Para a volta pro Butantã, o circular 2 é a única opção, visto que os outros dois circulares não passam pela FFLCH voltando para o metrô Butantã. Ele sai da frente do prédio de História e Geografia e não leva nem 10 minutos para chegar ao destino final (5 pontos).

No caso de volta para a CPTM, os caminhos são os mesmos da vinda, o que muda é o ônibus! Para fazer o primeiro caminho proposto, que exige mais caminhada, pegue o circular 2 na frente do prédio de História e Geografia. Para fazer o caminho com menos caminhada, pegue o circular 1 na frente da ECA. As viagens tem tempo parecido (a segunda opção pode levar uns minutinhos a mais), de cerca de 25 minutos.

Para quem chega e vai de CPTM, pode ser que valha mais a pena baldear para a linha amarela e pegar o circular no metrô Butantã, evitando assim o percurso a pé.

Outra opção é andar até a estação! Tanto para o metrô Butantã quanto para a estação da CPTM a caminhada é de cerca de 30 minutos, e nos horários de saída e entrada das aulas costuma ter bastante gente fazendo o mesmo percurso, o que o deixa relativamente seguro.

Qual o e-mail da Seção de Alunos da Letras?

É possível entrar em contato com a Seção de Alunos da Letras pelo e-mail “secaoalunosletras@usp.br”.