Professora Mona Mohamad: a importância dos costumes árabes e suas traduções

 

Professora Mona Mohamad Hawi

A Professora Mona Mohamad Hawi é coordenadora do Curso de Língua Árabe do Centro de Línguas da FFLCH-USP, no departamento de línguas orientais (DLO), desde 2010. Formou-se em Letras (bacharelado e licenciatura) pela UNICEUB em 1984, e concluiu em 1997 seu mestrado na área de "Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas", pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Nessa instituição  também fez seu doutorado, em 2005,  na área de Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem.

A Revista SarteL entrevistou a Professora Mona a respeito de duas menções honrosas consecutivas, que recebeu pela recepção aos calouros de 2017 e 2018 na FFLCH.

 

Perguntamos: como ela acredita que é a melhor maneira de receber as pessoas que carregam o futuro do nosso espaço acadêmico?

 

Mona Hawi (MH): A recepção dos alunos, de forma alguma  pode  causar alguma espécie de dor, mais angústia, ou questões sem resposta. Ela precisa ser calorosa, em um sentido de: vocês estão entrando em um contexto diferente do  que vocês têm o costume, mas não é nada assustador, muito pelo contrário. É um contexto e um espaço de grande aprendizagem! Por isso mesmo, nós fazemos o primeiro contato pelo CAELL, ou um grupo de alunos, fazendo uma relação  entre professores, funcionários e alunos, naquela recepção aos calouros na primeira semana de entrevistas. Nós fazemos a apresentação da FFLCH também com a diretoria. Esta seria a apresentação de onde vocês estarão, de que lugar vocês começarão a falar, mostrando que aqui é a FFLCH, né?

 

Levando em consideração seu apoio aos estudantes durante essa recepção, perguntamos também como ela acredita ser possível tornar o Campus mais acolhedor, no dia a dia, para todes:

 

MH: Eu sou muito favorável à questão da conversa e à questão do ouvido atento. Nós tivemos muitos casos de suicídios, não só no nosso como em outros campi também.  Muitas vezes nós nos perguntamos: “por que isso acontece?”. Não deveria acontecer. Várias propostas já foram feitas, laboratórios, escritórios, encaminhamentos, mas ainda falta muita coisa. E eu não tive tempo de fazer isso em minha gestão, mas sempre quis fazer grandes encontros entre alunos e professores, rodas de conversa. Não precisa ser em dias comemorativos, poderia ser uma vez por mês. De repente uma vez a cada dois meses, por setores e departamentos, para que a gente também possa conhecer as necessidades reais dos alunos. Por isso  eu acho as rodas de conversa importantes, para que se tenha sempre um canal aberto para dialogarmos: “você está tendo algum problema? Estamos aqui para conversar”, e que seja feita uma assessoria formativa e social discente.  Muitas vezes esses alunos chegam no primeiro ano, mas, quando passam pelo ensino básico, não sabem como preencher a sua grade e a compõe em excesso pensando que conseguirão fazer tudo. E quando não conseguem, acabam achando que eles têm  de cumprir com tudo isso ,senão pode acabar acontecendo algo ruim. Então, muitas vezes eles não sabem como lidar com coisas básicas.

(…) Eu gostaria de lutar para que  essa assessoria acontecesse de fato, pois o aluno precisa sentir que a FFLCH é a segunda casa dele, e que não precisa ser um ambiente frio. Por exemplo: vocês se encontraram para criar uma revista, conseguiram trabalhar nela, e a minha expectativa é de que a revista possa ser um canal de mais proximidade com os discentes, de respostas, ajuda, cooperação. Eu não acho que  nós precisamos passar por essa fase estudantil de uma forma desanimadora. Temos que tentar  criar boas lembranças e ter momentos excelentes na graduação, de forma a diminuir esse processo de depressão. Muitas vezes, o jovem não encontra uma saída, e a solução mais “fácil” para ele é tirar a própria vida, e não precisa ser assim. 

Problema todo mundo tem né? Agora, eu uso um ditado que  acho muito legal: se você não consegue resolver o problema, então trate de viver com ele da melhor forma possível. Não deixe ele se sobrepor a você.

 

A professora também é ex-presidente da Comissão de Graduação – FFLCH (2017-2020). Sobre esse período, ela comenta:

 

MH: Minha maior conquista foi mudar um pouco a comissão, porque quando a assumi, eu era coordenadora. Quando acabou a presidência anterior a mim, falaram o seguinte: 'Mona, você não quer assumir?' Eu respondi: 'Deus me livre, eu não quero!'.  Me disseram que não era difícil, eram apenas questões técnicas e administrativas, então eu aceitei. Quando eu comecei, trabalhei a questão das mudanças na licenciatura, e  na grade curricular. Muitos não entenderam. Acharam que a gente ia quebrar o currículo, que isso ia fazer o ensino superior virar ensino de terceiro colegial, mas não era verdade. Então, o primeiro grande desafio foi fazer com que os professores entendessem que havia a necessidade de flexibilizar o currículo.  E também, que os alunos  compreendessem que isso não iria “quebrar” o ensino. Uma outra questão que eu consegui, foi dar um caráter mais humano e acadêmico à comissão. Ela tinha um caráter muito técnico, , até que um dia eu falei: 'nós vamos fazer um simpósio.' Todos  disseram que não era possível, mas eu insisti, e o fizemos.   . O simpósio saiu pela comissão da graduação, então, acho que a humanizamos um pouco. Acho que eu deixei essa marca,  que a  ela não serve apenas para resolver problemas administrativos e técnicos relacionados a uma grade curricular, mas também serve para orientar os alunos,  dar um caráter, digamos, mais acadêmico à universidade. Então, nesse sentido, criamos simpósios, trabalhamos muito com a questão da evasão universitária e seus motivos. Ainda não terminaram tudo, mas eu deixei bastante encaminhado; a mudança das licenciaturas, flexibilização dos currículos, participação nos congressos de graduação e, uma outra coisa muito importante, a questão das cotas. Discutimos isso em cada departamento, e eles, juntos da  Comissão,  tomaram conta disso. . Eu briguei muito para que a gente tivesse as cotas. Foi também criado, durante a pandemia, na minha gestão, grupos de professores para assessorar e ajudar, tanto os outros docentes, quanto os alunos formando um canal aberto. Lutamos para que nenhum aluno da FFLCH ficasse sem acesso ao ensino remoto. Muitas vezes eles se atrasavam, ou entregavam coisas fora do prazo, então nós pesquisávamos sobre esses alunos. Muitos deles estavam no interior, então não tinham acesso à internet. Então, professores engajados da História e da Geografia, fizeram buscas ativas para saber quais alunos estavam no computador. A minha preocupação não foi apenas documental, mas de dar todo o suporte pro aluno, que é o elemento mais importante da nossa história”.

 

Também lhe foi perguntado: Como é ser a coordenadora do Curso de Língua Árabe do Centro de Línguas desde 2010?

 

MH: Nós tínhamos como coordenador um professor, antes de mim, mas eu sentia que o pessoal desistia e não tinha ânimo. Não havia uma didática desse professor, porque não adianta  só falar o árabe, tem que ser um professor do árabe. Eu trabalhei com um pensamento em mente : se ali é o centro de línguas, por que nós temos que trazer um professor formado, se podemos deixar um aluno mais experiente trabalhar ali? Como coordenadora, eu abri esse processo de seleção. A partir daí, o professor dessa área  seria um aluno do DLO. Isso deu certo. Nós tivemos quatro alunos com esse perfil. Eles trabalharam ali, dois de cada vez, porque ali também seria um laboratório para eles começarem a praticar  o que estavam aprendendo. Eu os ajudava fazendo reuniões, e no plano de ensino para preparação das aulas. 

Teve uma aluna que estava a ponto de desistir do curso de Árabe. Ela dizia: “Não sei o que eu vou fazer, e o meu pai está sempre me perguntando isso!” Eu respondi a ela: “Eu sei o que você vai fazer.” Então ela foi a próxima a dar aulas. Eu estava junto a ela, mas não aparecia muito.

Hoje, ela é doutoranda em Árabe e está no Egito passeando. É uma excelente tradutora. Ela diz que deve muito a mim. Mas, na verdade, eu fiz aquilo pra ela dar uma resposta ao pai dela, a filha dele é uma arabista.

Mas tivemos que parar um pouco por uma questão política. Alunos não podiam mais dar aula, tinha que ser um professor educador. Não houve contratação de novos professores educadores, e por isso, muitas aulas de línguas foram fechadas ali. Sobrevivendo apenas o inglês, português, espanhol e o francês, se eu não me engano. O alemão, o russo, o árabe e o latim tiveram que parar. Nós vamos tentar criar oficinas e, então, colocar os alunos para lecionarem. Para não deixarmos morrer o projeto. Às vezes, são políticas internas que nos impedem de trabalhar. Nem foi a faculdade que impediu, mas o próprio governo.”

 

A Professora Mona é orientadora de Mestrado e Doutorado do Programa LETRA (Línguas Estrangeiras e Tradução) na Área 1 (Estudos Linguísticos), mais especificamente na área de Ensino-aprendizagem/aquisição de línguas. Ela respondeu como esse projeto surgiu e como ele tem atuado:

 

MH: No meu mestrado trabalhei com análise de discursos. Já no doutorado, trabalhei com a linguagem da educação, visando a formação de professores — minha grande área de atuação é na formação de professores. E dentro dessa área, eu trabalho muito com a questão do ensino de língua e aquisição de língua estrangeira, com base em atividades sociais. Sempre busco seguir uma formação sócio-histórica para aquele aluno que não é estrangeiro. E nesse meu projeto,   os alunos estão preocupados com o ensino de língua. Não precisa ser árabe, pode ser a língua materna ou uma estrangeira, pois não estamos trabalhando na língua em si, mas em situações  em que aquele aluno possa dar aula e desenvolver seu material em qualquer língua. Assim, ele iria criando estratégias, situações e metodologias para que  possa se desenvolver. É nesse sentido que o projeto surge: como é que um futuro professor, ou, como costumo dizer, um 'profissional de língua' pode ensinar, considerando um mundo real e a vida que se vive? Porque não adianta falar de neve para alguém de Carapicuíba, que mal chegou a ver o mar, mas sim das enchentes, , ou da dificuldade  de locomoção, da realidade do dia a dia. O material deve permitir que o aluno possa desenvolver sua argumentação e questionar o mundo que o rodeia, sua comunidade, e a partir daí propor transformações. Minha pesquisa segue esse sentido — falar do mundo em que se vive, do cenário em que estamos, e daí ver como essas situações podem permitir ao aluno refletir de forma crítica, de maneira a transformar o mundo ao seu redor. Quando se ensina argumentação, você está ensinando o aluno a questionar as coisas, e não as aceitar passivamente. É isso, sou uma não-conformista.

 

A professora também contou à SarteL um pouco sobre sua trajetória, sua relação com o ensino (já que a maior parte das suas pesquisas é ligada a essa área) e como surgiu o interesse na área:

 

MH: Nunca pensei que eu fosse ser professora. Acho que sempre ensinei e não sabia. Trabalhei muito com língua materna,  eu sempre estudei árabe, me formei em árabe, mas a língua árabe pra mim era  muito trabalhada com minha família, com a minha cultura e com o meu ambiente, então  nunca achei que ia dar aula de árabe Acho que é o fato de ser filha de imigrantes fez com que minha relação com a comunidade se tornasse  tão tortuosa. A partir do momento que eu me aceitei como filha de imigrante, a minha relação mudou bastante, pois o filho de imigrante não sabe exatamente qual é o seu lugar; na comunidade ocidental ou  na oriental. Então aceitei fazer parte dos dois lados. Quando me formei, a primeira coisa que eu fiz foi voltar pra minha escola, local da minha  formação inicial. Ensinei no primeiro, segundo e terceiro grau do ginásio, depois fui para Osasco, fiquei 20 anos lá, para enfim vir pra PUC. Nisso eu fui desenvolvendo uma paixão por ensinar. Acho que a PUC tem uma importância muito grande na minha vida, no sentido de mostrar como deve ser, como eu devo olhar para a questão do ensino, da comunidade, das pessoas. Então, a partir desses discursos e desse aprendizado da PUC, eu passei  a enxergar a sala de aula de forma diferente,  e ver ali futuros profissionais que podiam ser melhores do que eu  se pudessem receber a mensagem da importância que eles têm de mudar a sociedade. Meus alunos brincam que nas aulas eu viajo demais. Nunca vou esquecer do que disse a  um aluno, que hoje é professor de inglês : ‘Eu não preparo as minhas aulas para os alunos, mas para mim.  Eu quero me presentear para mim.’ Por isso eu digo: priorize-se na sua profissão, para que você possa fazer o melhor pra você mesmo, não faça de qualquer jeito. Não seja aquele “professor das folhas amareladas”, que  passa as mesmas folhas e depois de anos as vemos novamente . Outra coisa importante é dar voz ao aluno. Não somente deixá-lo falar, mas ouvir e respeitar o que ele fala. Isso é dar voz.

 

E comentou sobre a importância da tradução na sua vida :

 

MH: Tradução não é minha área, eu trabalho com formação de professores.  Acho que eu sou uma pessoa muito imperativa! (risos)  Não conseguiria ficar duas horas sentada numa cadeira. Brincadeiras à parte, eu acho que o tradutor deve ter  paixão naquilo que  faz. Tem gente que possui  paixão por traduzir, escrever  poemas e os proclamar. Eu sou da área da Linguística, ela é muito importante, pra quem trabalha com língua estrangeira. A tradução é um recurso extremamente valioso  pros alunos que trabalham com essas línguas , o que faz com que eles aprendam mais e mais, por não ser apenas uma transposição de palavras. Quando eu falo que não trabalho com tradução é no sentido de traduzir línguas, mas nas minhas aulas ela está presente. Uma coisa que eu falo com meus alunos, quando vão traduzir, é: procurem entender o contexto no qual aquele texto foi escrito, pois a linguagem muda. Pode ser um texto falado por uma criança ou um adulto; escrito no contexto de uma aldeia. Sabendo disso, você pode traduzir sem perder o sentido.. Se  for traduzir palavra por palavra,  você não caminha. A minha tradução é nesse sentido. Eu não sei se, de acordo com todos os tradutores,  estou fazendo certo, mas funciona há anos. 

 

Perguntamos à professora Mona se ela acreditava existir algum tipo de "valor inestimável" nas obras literárias que, na tradução, se perdia. Sua resposta foi:

 

MH: Eu vou pegar um conto de Valentin, com a tradução da Sheila Grillo, e ela fez uma tradução direito do russo. Já tiveram diversas traduções deste livro do russo para o inglês, do inglês para o português, então veja como se perde. Por isso que ela o traduz da língua original, o russo, pra não perder a essência. Porém, mesmo assim, ela acaba se perdendo um pouco. . Foi o que disse : fica com o mesmo sentido, mas será que você consegue retratar fielmente? Eu acho que acaba se perdendo um pouco. Isso, a meu ver, é perfeitamente natural. Mas, os tradutores tentam retratar algo muito próximo do real.

O que eu acho que é muito importante antes de você sentar e traduzir o texto, é fazer um estudo cultural. Então, se for um livro que se passa em São Petersburgo... O que acontecia lá, naquele ano? Qual era a moda? Como as pessoas falavam? Saber isso influencia muito. Às vezes, o tradutor só vai entender uma cena por conta do estudo que ele fez. Então, o levantamento cultural é tão importante quanto saber a maneira com a qual se falava naquela época.

 

Mona, além disso, analisou se a tradução do árabe se encontra mais presente atualmente:

 

MH: Ah, na literatura. Na literatura é muito, muito presente. Nos romances… nós temos um grupo muito forte de estudos, que é o chamado “Tarjama”, um grupo de estudos formado por alunos, com a coordenação da Safa. Eles têm a obrigação de cada um traduzir uma obra, assim ela já estará  ensinando as estratégias, sabe?    A tradução em árabe tem enriquecido bastante o ensino e a nossa academia, com muitas pesquisas de mestrado, de doutorado, alunos que estão viajando para fora do país, alunos que já estão fazendo pós-doutorado com isso. Ela se baseia principalmente nos romances e na poesia. A professora Safa recebeu, seguidamente, duas premiações agora em 2021; o professor Michel Sleiman, o poeta da nossa turma do árabe, recebeu um prêmio porque ele foi o melhor organizador das obras do Mahmud Darwish, o poeta palestino. Temos visto vários destaques nas traduções das obras literárias.

 

A professora Mona é filha de imigrantes, portanto, e sobre seu transitar neste universo multilíngue ela comenta:

 

MH: Eu me divirto, particularmente. Quando eu  estou na cultura árabe, eu sou totalmente uma árabe. E hoje eu aceito muita coisa porque eu entendo muita coisa… Não é difícil fazer esse trânsito pra cá e pra lá, a partir do momento que você se reconhece, você aceita, e você faz críticas positivas. Então essa transição não é uma transição difícil, é possível fazer   esse papel de ir e vir.

 

Por fim, nossa última questão foi a respeito de sua opinião sobre a seguinte proposição: “A cada língua apreendida por um indivíduo, um novo mundo se instaura e disso nasce um novo ser.”

 

MH: É verdade! Por quê? Porque você precisa não só aprender uma língua, mas tudo que você faz você tem que inserir isso historicamente, culturalmente, socialmente! Eu não consigo desvincular nenhum tipo de ensino sem considerar essas características daquele devido momento. Quando o indivíduo se constrói sociocultural e historicamente falando, ele tem o mundo em si. Você é o que é pela sua história, pela sua cultura, pela sua linguagem, pela sua comunidade, você é o que é pelo seu contexto, pelas pessoas que te rodeiam. Aprender uma língua não é só aprender a gramática daquela língua, ou como dizer “bom dia”. Por isso eu falo, é o cotidiano, é a vida que se vive, porque é na vida que se vive que você vive! É no seu dia a dia, é um tombo que você leva, é ajudar uma pessoa, é estar estressado hoje, é não ter dinheiro hoje, é ter que fazer arroz daqui a pouco… (risos). Voltando à pergunta, aprender uma nova língua é um ser que se instala.  Eu só entendo o aprendizado de uma língua quando eu entendo esse aprendizado socialmente falando, historicamente falando, culturalmente falando. Aí sim eu tenho um ser dentro de mim,   e posso passar isso pros outros. Por exemplo, você vai pegar um livro para traduzir de 1900, mas você tá no ano de 2022; você pode optar por traduzir esse livro considerando o ano de 2022,por exemplo, mas qual é a política daquele ano de 1900? Como está agora em 2022? Qual é o momento histórico daquele 1900? E qual é o momento histórico que nós temos hoje em 2022? Qual é o momento social em que aquela obra foi construída em 1900, e que momento cultural e social está acontecendo aqui? Pra você fazer essa transição.

 

     Por Clara Maas, Matheus Cunha e Victor Martins

Revisado por Clara Maas